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domingo, 11 de julho de 2010

Diário De Cuiabá: Uma Espera Angustiante !

Dario César Scherner conversa com o secretário Diógenes Curado
Família de pai e filho assassinados não entendem como autor dos disparos não foi a júri, após quase 20 anos




Dario César Scherner conversa com o secretário Diógenes Curado

ALECY ALVES
Da Reportagem

Um ano e meio depois da prisão do assassino, a família do professor universitário Dario Luiz Scherner e Pedro César Scherner, pai e filho, ainda vive a aflição de ver o criminoso julgado e condenado.

O empresário Francisco de Assis Vieira Lucena, 52 anos, que conseguiu ficar foragido por 17 anos, está no Presídio Estadual do Pascoal Ramos. Desde o dia 15 de outubro de 2008, data de sua captura, Lucena vem conseguindo protelar seu julgamento.

Pronunciado a júri popular pela 12ª Vara Criminal logo após a prisão, ele já impetrou vários habeas corpus e recursos junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso e ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

Pelo que se tem notícia, Lucena não ganhou nenhum dos recursos, mas continua ganhando tempo ao manter diversas interpelações em fase de apreciação judicial.

O último habeas corpus impetrado por ele está concluso para julgamento do STJ desde abril deste ano, portanto há três meses, segundo informações de familiares de Dario e Pedro Scherner.

Aqui, em primeira instância, há um ano e meio o processo dele está parado na 12ª Vara Criminal, conforme certificação postada no sistema eletrônico de consulta pública de tramitação de ações do TJ.

O último ato formal dessa ação foi uma resposta do juiz Lídio Modesto a uma petição. Nela ele escreve que os autos encontram-se com carga ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso desde 15/05/2009, em razão de “recurso de sentido restrito” à pronúncia, ou seja, a tentativa do réu de impugnar a decisão de levá-lo a júri.

De acordo com informações levantadas no cartório da 12ª Vara, para que Lucena seja submetido a júri é necessário que o processo seja devolvido à primeira instância. Isso ocorrendo, o juiz dessa vara o remeterá à 1ª Vara do Tribunal do Júri para que a data seja definida, assim como outras medidas necessárias ao julgamento.

A expectativa da mulher e dos filhos do professor universitário era de que Lucena fosse julgado no máximo até o primeiro semestre de 2009.

No entendimento dos filhos do professor, Giovana e Dario César Scherner, pelo fato de haver pronúncia os recursos não poderiam impedir que o assassino fosse levado a julgado.

“Pedimos clemência para que incluam na pauta deste segundo semestre o julgamento de Francisco de Assis Vieira Lucena, uma vez que precisamos alcançar nossa Paz de espírito”, diz Gioavana Scherner. “Essa paz da qual falamos somente virá com o julgamento, a única maneira de espantarmos de uma vez por todas o fantasma da impunidade”.

Fonte:http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=374866

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